sexta-feira, 1 de maio de 2009

A Travessia ao "peru-menor"

"Pedalar em média 6 a 7 horas diárias durante 15 dias ao longo de 1150 km"

De Bragança a Sagres, passando por pequenas povoações, em que a história e as histórias, se perdem no tempo, Sendim, Freixo, Castelo Rodrigo, Almeida, Alfaites, Monsanto, Idanha a Velha, Castelo de Vide, Marvão, Jerumenha, Monsaraz, Santa Clara, Monchique, convivendo com a gente hospitaleira do interior, experimentando a riqueza gastronómica do País de Norte a Sul.

Pedalando de Trás os Montes até ao Alentejo sem perder a fronteira de vista, depois inflectindo para a Costa Vicentina, até ao Cabo de S. Vicente.

A Travessia começa na serra de Montesinho, por caminhos que serpenteiam a montanha, num festival de cor e aromas, paisagens de amplos horizontes, descidas vertiginosas acompanham os ciclistas até aos vales cavados do Douro. Subir a Castelo Rodrigo e depois descansar no grande planalto de Almeida é preparação para o grande carrocel da Serra da Malcata e as terras selvagens a norte de Monfortinho. O Tejo cruza-se calmamente em Vila Velha de Rodão, e os trilhos que seguem até Castelo de Vide vão mudando de cor e consistência, do vermelho da terra arenosa até aos cinzentos do granito. Depois vêm as calçadas romanas e a subida a pique da Serra de S. Mamede. Vamos ao encontro do Guadiana onde este começa a banhar terras lusas e durante alguns dias bordeamos a Albufeira do Alqueva, emergindo em Monsaraz e Mourão. A seguir a Pias a paisagem muda profundamente e podem a seguir os ciclistas descansar porque vão surgir as grandes planícies Alentejanas, os verdes ondulados das searas, vastos horizontes de terra arável (mas se chover a lama porá o inferno na terra para os ciclistas). Para entrar no Algarve há mais um desafio a vencer é a travessia de um dorso na serra do Espinhaço de Cão e Monchique.
Vamos encontrar a costa na Carrapateira e estamos na fase final da Travessia pedalando junto ao mar, por caminhos de bom piso, e com belas vistas sobre as falésias.

Para trás ficou um país de lés a lés de profundos contrastes cujas imagens ficarão permanentemente retidas em todos os que aceitaram este desafio de pedalar no Portugal das traseiras onde as gentes de pele escurecida pelo Sol nos dão os bons-dias e nos oferecem mesa, os alimentos sabem à terra onde cresceram e os dias se sucedem sem pressas e sabem a vida.

Esta Travessia foi concebida tendo em vista atravessar o país fora-de-estrada pelos lugares mais isolados e remotos possível, permitindo um estreito contacto com "O Portugal ao Natural" percorrendo-o de Norte para Sul junto à linha de fronteira até Pias e daí diagonalizando para a Costa Vicentina para atingir Sagres sempre junto à costa. No entanto na maioria dos locais de pernoita os alojamentos são limitados e isso obriga-nos a limitar o número de pessoas que podemos admitir nesta Travessia de Portugal em BTT, um evento histórico do BTT em Portugal.
Todo o nosso percurso está registado em mapas e tracks para GPS que poderão de futuro ser adquiridos pelos interessados. Se não pode fazer a Travessia na integra, pode aventurar-se só a uma parte (minimo de 4 etapas).

São 15 passeios de BTT pelo que de melhor há em Portugal.

2 comentários:

  1. TENRINHOSSSSSSSSSS!!!!! GPS??? Medidor de batimentos cardiacos??? Camera para filmar??? Telemovel??? Mini computador com internet portatil?? Bicicletas com amortecedores inteligentes e feitas em carbono??? Isso é que é uma prova dos duros??? Dureza é ter 95kgs de aço e uma bicicleta de 17kgs feita de chumbo e mesmo assim ter coragem de dar lucro à Transtejo... isso sim é para duros!!! Muhahahahahahahahah

    RC

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  2. Dos fracos não reza a historia... bóra lá pôr os olhos na meta e dar umas fortes pedaladas, com uns ventitos pela pôpa.
    Abraço

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